Catuaba de açaí, propagandas do guaraná Dolly e pegadinhas do Silvio Santos. O que essas coisas têm em comum? Todas são exemplos de criatividade – e vêm à cabeça de muita gente quando se fala em economia criativa. Apesar de cheias de criatividade, essas não são as definições mais exatas desse setor cheio de oportunidades e – é claro – inventividade.
Você pode já fazer parte da economia criativa e nem saber! A razão disso é que ela está presente em praticamente todos os setores do mercado. Sua atuação ajuda a desenvolver o mundo inteiro e oferece vagas que são o sonho de muita gente – e financeiramente vai muito bem, obrigado.
Descubra nesse post tudo o que você deve saber sobre a economia criativa no mundo – faça você parte dela ou (ainda) não! Confira!
Por mais que muitos empreendimentos sejam inovadores ou excêntricos, isso nem sempre os classifica como participantes desse setor particular da economia. Ao mesmo tempo, os profissionais e serviços que o tornam criativo estão espalhados, no final das contas, em todos os ramos da economia.
A final de contas, o que é esse ramo do mercado que ao mesmo tempo é múltiplo e particular? Antes de tudo, não é um só ramo: diversos ramos e setores participam da economia criativa – gerando desde produtos e serviços, como também a eventos e entretenimento. Uma lista incompleta desses ramos, produtos e serviços passaria por:
Artesanato;
Arquitetura;
Artes Cênicas;
Artes e antiguidades;
Cinema;
Design;
Editorial;
Moda;
Música;
Publicidade;
Software;
Software interativo de lazer (vídeo games);
Como você viu, diversas áreas são consideradas criativas; todavia, essas são áreas especificamente voltadas para a criatividade: este é seu principal produto – por isso, muitas vezes, a assinatura e o direito intelectual são importantíssimos para sua existência. Por isso, frequentemente elas são chamadas de indústrias criativas: as ideias originais são seu forte.
Apesar dessas áreas serem diretamente vinculadas à economia criativa, elas não a delimitam. Afinal de contas, a criatividade presta serviços a todas as indústrias: uma grande fábrica necessita de designers para criar produtos, assim como escritórios podem querer contratar músicos para criar sua publicidade.
É dessa forma que toda a economia se beneficia de apoios à criatividade e inovação – pois saber inovar é essencial para se desenvolver. Aqui está uma das particularidades dessa economia: investimentos e ações específicas do governo podem ser necessários para ajudá-la a florescer.
Um exemplo disso são os editais de incentivo à cultura, que costumam ajudar a descentralizar recursos e dar oportunidades a quem ainda está começando. Outra forma de ação é através do estímulo à criação de ambientes criativos – como a Fábrica 798: uma antiga fábrica em Beijing transformada em espaço para artistas e designers.
Mas também pode acontecer por meio da iniciativa privada, pelos próprios cidadãos. O Edifício Almeida, um prédio desocupado no centro de Belo Horizonte, foi adaptado por um coletivo de artistas para fomentar a arte e cultura na capital mineira. O espaço promove network e possibilita que artistas independentes aluguem por um preço acessível ateliês de trabalho.
A inovação nessa área tende a se distribuir e favorecer toda a comunidade: em geral, a economia compartilhada está sempre próxima à criativa. Mesmo quando acontece a concentração de mercado em grandes empresas (algo comum na música e na televisão), ainda assim surge uma rede de pequenas e médias empresas prestadoras de serviços.
Isso se verifica na prática quando vemos florescer artistas e empreendedores independentes em iniciativas criativas. Mesmo em cenários de concentração ou de crise, isso é possível, como no caso do Sohonet de Londres. Localizada no bairro de Soho, essa iniciativa congregou vários pequenos estúdios para demandar internet de alta conexão – para quê? Competir com os estúdios de Hollywood!
Agora que você entende o que é a economia criativa, que tal ver bons projetos para se inspirar? Veja a seguir!
Os empreendimentos desses setores podem estar vinculados aos mais diferentes projetos – alguns são iniciativas culturais, preocupados, por exemplo, com a preservação de patrimônios históricos, com a criação de hábitos de consumo sustentáveis ou com o fortalecimento da arte regional. Há ainda aqueles tecnológicos, que buscam desenvolver um setor ou área.
Localizado no Quênia, país do continente africano, o Trueblaq Group é um projeto para enriquecer e favorecer a arte local. Para isso, há a realização de eventos e o auxílio a artistas via marketing e produção cultural. É um exemplo mútuo de economia criativa e compartilhada.
O artesanato tradicional indígena é a inspiração do Taller Flora, um estúdio de design de moda. Carla Fernandez, sua fundadora, percebia como a tecelagem tradicional do país corria risco frente a moda das grandes marcas. Para proteger esse patrimônio cultural, ela resolveu unir o artesanato com o design de moda, gerando uma marca própria – e fortemente vinculada aos povos indígenas.
Esta é a primeira agência indiana para representar grupos e bandas independentes. Após desistir da faculdade, seu fundador começou a trabalhar com grupos independentes como hobby. Logo ele estaria envolvido com a criação de uma gravadora alternativa, a Counter Culture Records, além de uma produtora de vídeos, a Babblefish Productions – todos braços da Only Much Louder, que já viabilizou mais de quinhentos festivais e concertos independentes!
Totalmente autogestionado, o Espaço Comum Luiz Estrela começou de uma ocupação a um casarão abandonado no Bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. Ali já se criaram espetáculos, shows, feiras, debates e uma infinidade de coisas. O Espaço é aberto para a cidade, são os próprios cidadãos que propõem as atividades e zelam pelo espaço. Por isso, qualquer um pode fazer parte, até você! 😉
A economia criativa é efervescente e viva: ela gera empregos e cresce mesmo em tempos de crise financeira. Seja prestando serviços a outras indústrias, seja mergulhada na área cultural, ela é um ambiente rico em colaborativismo e chances de sucesso. Na Evoé, os projetos recebem a dedicação e estímulo para que cresçam e se potencializem como iniciativas criativas.
Suas ideias têm muito mais potencial criativo do que pode parecer: trazendo para a Evoé, você terá a chance de conectá-la com sua comunidade, encontrar o seu público e torná-la realidade! Então venha bater um papo e tirar seus sonhos do papel!
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