Ela foi imensa. Ela foi forte. Ela foi, como se diz na cultura LBGT de Belo Horizonte, mara – o quê? – vilhosa! A 20ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte foi, principalmente, um sucesso de participação: quase 100 mil pessoas e um financiamento coletivo que bateu a meta!
Este ano, ela levou o tema “Família e direitos: nossa existência é singular, nossa resistência é plural” – e só nessa escolha já temos muito a conversar. Isso porque a Parada mostrou como a união das pessoas é essencial para a política e para o crowdfunding – e ficou clara a força da comunidade.
Venha conferir o que e como é a Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte – e aproveite para aprender uma super história de sucesso em mobilização e financiamento coletivo!
Antes de tudo, vamos começar pelo básico, não é? Afinal de contas, não somos obrigados a saber de tudo! Muitas pessoas ainda estão acostumadas com termos como GLS (sigla para gays, lésbicas e simpatizantes), opção sexual (que já caiu em desuso, afinal, ninguém opta/escolhe pela orientação sexual homo, hétero ou bissexual), homossexualismo (em vez de homossexualidade), entre outros.
LGBT é a forma mais corrente para tratar da população composta por lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais / transgêneros (como as travestis, as pessoas não-binárias e queer). Ou seja, basicamente todo mundo que não se considera 100% heterossexual.
A Parada marca o calendário belo-horizontino já há vinte anos. Ela é tradicionalmente organizada pelo CELLOS – o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual, grupo de militância contra a discriminação por gênero e orientação sexual criado em 2002.
A Parada foi um dos eventos integrantes da Jornada pela Cidadania LGBT. Realizada pelos organizadores da Parada em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, a Jornada tem um objetivo educativo e de discussão com a sociedade. Assim, integram sua programação debates, aulas magnas, premiações e atividades culturais como mostras cinematográficas e cênicas.
Em 2017, outro coletivo de defesa e militância LGBT participou dos eventos ligados à Parada do Orgulho LGBT: a Frente Autônoma LGBT. Formada ainda em 2017, a Frente Autônoma é um espaço de encontro de diversos militantes, vinculados a organizações ou não.
Como um coletivo mais recente, a Frente não poderia deixar de acompanhar as últimas tendências de Belo Horizonte. O carnaval de rua é uma das mais indispensáveis delas. Um evento que inaugura uma outra relação com o tempo e com o espaço (público!) da cidade, o carnaval é uma festa questionadora.
Vários blocos do carnaval de rua têm forte presença lésbica, gay, bissexual e transgênero/ transsexual – assim mesmo, com todas as letras da sigla LGBT expandidas e representadas. Blocos como o Garotas Solteiras, Sapa Janga, Corte Devassa e Alô Abacaxi declaradamente são mais que gay-friendly: são formados por e para a população LGBT.
Tendo isso em mente, é só bater o olho na Parada e a ideia já vem: por que não fazer da Parada uma grande festa política – uma mani- (festa)- ção! As paradas LGBT já são conhecidas por serem uma manifestação festiva – com muitos recados e cobranças, mas sempre ao som de música. Por que não juntar o carnaval a isso?
Essa ideia tomou corpo e aproximou todos esses blocos e organizações: reunidos junto ao coletivo artístico Beijo no seu Preconceito, a imagem do trio elétrico com a bateria carnavalizando a Parada pegou. Só faltava, é claro, o dinheiro. E dessa história nós já conhecemos o final feliz!
Se todo esse universo, todos esses processos eram coletivos e democráticos, por que fazer uma captação de verba diferente? Mesmo porque, em outras épocas, isso já se mostrou conflituoso e polêmico.
O crowdfunding era a resposta certa e a Fecha a Senta entrou com tudo para a Evoé! Confiando que não receberiam pressão para mudar a natureza da sua causa – e que teriam liberdade para controlar o processo, todos os coletivos apostaram na mobilização da sua comunidade.
Assim, os coletivos mergulharam na mobilização, contando com o apoio da Evoé para arrasar e lacrar – isto é, serem bem-sucedidos! – na divulgação. E para isso, já contamos como se faz aqui, mas repetimos: postagens nas redes sociais, atualização na página do financiamento e muita insistência!
Foi assim que a Fecha a Santa conseguiu 104% do que queria: conseguiram duzentos reais a mais! Uma boa recompensa por investir em vídeos, postagem e compartilhamentos a quilo, em todos os grupos e redes sociais! Mas a recompensa final, com certeza, foi ter assinado o recorde de pessoas que a Parada desse ano recebeu!
Participe de histórias felizes como essa: vários projetos na Evoé podem também bater recordes! Apoie projetos na Evoé que podem trazer transformação e melhoria para a vida de milhares de pessoas, que trazem beleza para a vida de todos – mais ainda de quem os apoia!
Confira aqui outros projetos que, com a sua ajuda, farão a sua vida melhor!
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