Um projeto de pesquisa tem mais aplicações do que se costuma pensar: iniciação científica, entrada na pós-graduação, pedido de bolsa, escrita de monografias/ dissertações/ teses, entre outros. Só falei de coisas acadêmicas, do mundo da universidade… e há quem ache que para aqui.
Há muito mais a se aproveitar dos projetos, mesmo que muitas vezes as pessoas percam esta deixa: marketing, brainstorming, financiamento coletivo, inspiração e mesmo inovação – tudo isso pode se alimentar de um projeto de pesquisa!
Afinal, o nome diz tudo: é um projeto, isto é, um planejamento onde se pode estabelecer caminhos, métodos e ideias; mas sua função é a pesquisa, por isso seu formato justamente te ajudará a encontrar referências, bibliografia e inspirações.
Quer saber como conseguir montar um projeto de pesquisa que te dará isso tudo – e mais ainda? Confira no post o conteúdo que montamos com as melhores passagens e dicas!
Muita gente acha que um projeto de pesquisa é algo extremamente complexo, cheio de dados e informação precisa. Bom, nem todo projeto científico é assim! O projeto científico é, na verdade, um “mapa” que registra os caminhos para resolver um problema.
Os projetos de pesquisa inclusive são interesses de muita gente: eles trazem soluções para a sociedade, por mais que se iniciem de uma curiosidade “só nossa”. Então, se algo te interessa ou afeta, saiba que você não é o único. O financiamento coletivo tem sido uma ótima fonte de recursos para a pesquisa por conta disso!
Achou megalomaníaco? Pense então que os “problemas” que disse antes são, afinal, coisas do cotidiano: tomar café da manhã, tomar banho, seguir a rotina – tudo isso foi motivado por uma necessidade. Essa necessidade pode ser pensada como uma pergunta: “Como começar o dia?” ou “O que devo fazer?”.
Da mesma maneira, tudo que queremos ou precisamos saber pode gerar uma pergunta; essa pergunta é o problema para sua pesquisa resolver, algo também chamado de “objeto”. Ações como as que vimos acima são a metodologia para responder a pergunta, processo conhecido como “desenvolvimento”.
Não importa se você quer começar uma iniciação científica ou um crowdfunding – se você precisa de informações, referências ou traçar um processo passo a passo, um projeto é ideal. Nele você articulará problema (ou objeto), metodologia (ou desenvolvimento) e boas ideias (ou “referencial”).
Veja a seguir as partes mais comuns pedidas em projetos de pesquisa e entenda cada uma delas.
Em geral, todos os modelos de projeto apresentam tema, levantam um problema e desenham ações para resolvê-lo. É comum primeiro fazer um resumo sobre o tema, do qual já surgem as perguntas geradoras do problema. As ações então podem ser as mais diversas, mas buscam suas respostas.
É aqui que você apontará qual é a área que pesquisará, o que te interessa. Em alguns modelos, a introdução engloba o tema, a problematização e até a justificativa. Em outros, cada um vem com um campo próprio.
Em ambos os casos, você apresenta a área de interesse, o que tem lido e visto sobre o assunto. Por exemplo, se você quer escrever sobre educação, ela será o tema; você pode ressaltar, então, o que chama sua atenção no tema – digamos, evasão escolar. Isso é a sua delimitação.
Se você tem incerteza na hora de fazer a introdução, uma dica é deixá-la para depois. Pode parecer estranho, já que é aqui que introduzimos o tema; mas, como você viu, a introdução é um resumo do tema com as suas palavras – então, ler sobre o tema e anotar comentários primeiro pode ser melhor.
Isso nós já vimos, mas vale lembrar; é o objeto do seu interesse, a razão da sua curiosidade. Resumindo, é a pergunta que te move. Há perguntas que podem ser decomposta em várias outras – tente fazer isso; se forem muitas, talvez você deva simplificar, trocando a primeira por uma delas.
É conhecida como “a hora de vender seu peixe”; mas mais que isso, é a hora de mostrar qual peixe você comprou do tema. Vou explicar: algo te fez se interessar pelo tema – a relevância, a controvérsia, a urgência, a diversão que você sentiu na aula…
Se você pensar bem, você descobrirá o que te fez se interessar no tema. Por exemplo, o quanto ele é relevante para uma disciplina da faculdade; ou como ele é rico e permite discutir várias outras questões. Não se preocupe em não saber de marketing: é só falar do seu próprio olhar!
Não é à toa que também o chamamos de ‘metodologia’. Sabe por quê? Metodologia é o processo que você imagina para resolver um problema, diferente do método (que é preestabelecido).
Vale lembrar que todo projeto está sujeito a alterações; na verdade, é desconfiável um projeto que impõe suas ações, ignorando mudanças necessárias. Coleta de dados em campo, leitura de bibliografia, entrevistas e testes empíricos: pense em tudo que você precisará e anote aqui!
Aqui não tem muito segredo. Pense no tempo médio que cada uma das ações da metodologia pode tomar, com generosidade. Não se esqueça que algumas das ações vão se intercalar (você lê a bibliografia enquanto escreve o projeto, por exemplo).
Essa é uma parte que costuma ser mais ampla que imaginamos. Isso porque bibliografia não é só o que você leu de cabo a rabo, que será citado e é a base da sua hipótese (a possível resposta ao problema). É, na verdade, tudo que te inspira.
Mesmo que você não cite, é interessante registrar seu referencial bibliográfico. Ele aponta suas influências e pode ajudar a localizar mais referências. Esse termo pode variar de uma instituição para outra, mas a ideia é a mesma.
Pronto! Foi mais simples do que parecia no começo, não é? É comum se construir um “altar” em torno da universidade, o que faz com que ações cotidianas (pesquisa, bibliografia, anotações/ fichamentos, etc) pareçam coisas seríssimas.
O segredo para reverter isso é exatamente olhar para as ações do dia a dia: você não sai de casa sem saber para onde vai; ou não prepara uma refeição sem antes ter anotado a receita e os ingredientes. Essas ações são partes de um projeto – e o pensamento por trás dele é a pesquisa.
Pense nos seus projetos como essas ações: assim, a chance de os tirar do papel é bem maior. E, claro, traga seus projetos para a Evoé! Várias cabeças pensando sempre nos ajudam a enxergar melhor o caminho – e as nossas cabeças estão aqui para isso!
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