A violência contra mulheres têm raízes na discriminação de gênero, estereótipos antiquados e regras sociais obsoletas. Soa como uma informação óbvia mas que se mostra necessária diante da realidade em que vivemos. Declarações extremas como a do deputado federal Jair Bolsonaro (hoje atual presidente do país) dificultam a conscientização. As informações se confundem e as pessoas se deixam levar.
Seja na forma lesão corporal ou de assédio sexual, tal violência está relacionada à manutenção de uma relação desigual de poder, que autoriza (mesmo com a ilegalidade do ato em si) aos homens a violação do corpo e dos direitos das mulheres, em virtude da reafirmação de uma masculinidade que se coloca superior às mulheres.
É o que acontece com o estupro ou até situações mais “levianas”, com os assobios e provocações que muitos homens disparam a torto e direito às mulheres nas ruas. Por mais que não vá existir nenhum relacionamento entre os dois, o homem, ao chamar a mulher de “gostosa!”, está reproduzindo a ideia de que, na sua posição masculina, tem o direito de julgar, avaliar ou mesmo de controlar a sexualidade e o corpo de outrem. Em todos esses casos, estamos falando menos de afeto ou de sexo, e sim de poder.
Compartilho do sentimento de milhares de mulheres ao redor do mundo, que tais eventos ou situações, nos atingem fundo e nos deixam com sensação de desamparo, como se tivéssemos que “aturar” machismos.
O resultado da violência de gênero é devastador. Mulheres morrem por ciúmes, meninas se casam – à força – com homens mais velhos, a educação em segundo plano, a padronização da mulher bela, recatada e do lar. Aquele pensamento inofensivo do dia a dia que envenena homens e mulheres, a julgar mulheres como seres inferiores.
Escrevo aqui no intuito de apontar o dedo para os crimes contra mulheres e seus contextos. Para que, juntos, possamos refletir sobre formas de prevenção contra essa violência sem sentido.
Antes de qualquer coisa, o machismo deve ser levado a sério, deve ser escancarado e não deve ser considerado normal. “Deixar quieto” não é uma opção. Entender o conceito do machismo e seus malefícios, é imprescindível. Escrevi um texto a um tempo atrás, tentando clarear um pouco como o machismo mesmo que “inofensivo” pode acarretar em violências e agressões. Você pode ler aqui.
Nesse sentido, ao falar de machismo, nos leve ao feminismo. Novamente, para reiterar, não esquecer e confundir! O feminismo não prega a superioridade feminina. Não quer dar um golpe e tomar o poder para si. O feminismo quer enxergar homem e mulher em um mesmo patamar. Como iguais. Tão simples e justo. Nunca me canso de compartilhar o vídeo da atriz Emma Watson, que, maravilhosamente explica, tim tim por tim tim, o que é feminismo:
Agora, queremos transmitir algumas formas de tentar prevenir violências de gênero. Singelas mas que servem como base para um pensamento livre de machismo e violência:
Tentar culpar a mulher pelo seu próprio estupro, seja pela sua roupa ou atitude, é uma das coisas mais cruéis que já ouvi. Se ela não quer, se ela pede pra parar, se houver força, se ela estiver inconsciente, é estupro sim. E a culpa é do agressor!!!!
Vozes contra violências são imprescindíveis. Escancarar o problema é o primeiro passo para solucioná-lo. Sofreu assédio? Não se cale. Presenciou um assédio? Não se cale.
Órgãos internacionais de enorme relevância como a ONU, fazem incansáveis campanhas de conscientização contra a violência de gênero. A “pregação”, no caso, é a prevenção. Para a ONU, a prevenção começa cedo. A educação deve começar com meninos e meninas. Trabalhar com a juventude é a melhor aposta para que esses jovens cresçam com uma visão cada vez menos desigual em relação aos gêneros. Enquanto o Estado e políticas públicas subestimam esse estágio da vida, é o momento crucial onde valores e normas em geral, são forjados.
Prevenção implica em suporte, apoio. Direito da mulher, é direitos humanos. Segurança em nossas próprias casas, na rua, autonomia econômica, poder decisivo, mais participação política e na comunidade.
Com isso, podemos desafiar as profundas raízes da desigualdade e regras sociais que perpetuam o poder masculino sobre o feminino e reforçar a intolerância de violência contra mulheres e meninas.
Ao invés de desencorajar nossas mulheres e meninas, vamos apoiá-las! Talento, graça, inteligência, força e vontade de realizar é o que não nos falta. Você moça, com medo de ser taxada e criticada por querer realizar seu sonho de concretizar um projeto, não desanime. Levante a cabeça, confie em você mesma e comece agora seu projeto!
Homens e mulheres, juntos, criando e apoiando, um ciclo de igualdade, onde todos são beneficiados. Pensem nisso!
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