O termo “Burnout” é usado por muitas pessoas há muitos anos, mas parece que os tempos atuais trouxeram o significado da palavra à tona e as pessoas começaram, literalmente, a sentir na pele o que realmente é essa síndrome.
É cômico pensar que o termo “burnout” surgiu através dos próprios sintomas. A palavra de origem inglesa pode ser traduzida por “queimar-se até o fim” e foi criada pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger (1926-1999) no ano de 1974. Durante o ápice de suas pesquisas e trabalho, o cientista trabalhava por volta de 12h por dia, e à noite atendia em uma clínica, foi neste momento que o cientista percebeu que estava com sintomas de esgotamento e já não conseguia mais produzir nem mesmo coisas básicas. Além disso, Herbert também percebeu que seus colegas sofriam com os mesmos sintomas e, só aí, o burnout foi caracterizado.
E embora o burnout pareça ser uma síndrome atual, a realidade é que isso já acomete pessoas há anos, assim como ocorreu com Freudenberger.
Apesar de todo o desenvolvimento e tecnologia que nos cerca nos dias atuais, as mesmas mobilidades que deveriam nos auxiliar nos processos de produção e trabalho, são as mesmas que nos fazem ultrapassar limites. Atualmente, a comunicação integral e constante é um fato, estamos sempre ligados e sempre conectados, e isso nos leva a perder momentos preciosos de descanso e distração.
A Síndrome de Burnout foi oficializada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma síndrome crônica. Enquanto um “fenômeno ligado ao trabalho”, a OMS incluiu o Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), que deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2022. (Fonte: Pebmed.)
E existem inúmeros motivos para que alguém sofra com essa síndrome, afinal, os tempos atuais nos desafiam em muitos sentidos. Para entender melhor sobre isso é preciso olhar para o que vivemos e para nosso redor, como por exemplo; o home office que nos tira a possibilidade de dividir o trabalho e o descanso, afinal, fazemos tudo em um só ambiente, a instabilidade financeira que a grande parte da população vive, o que torna normal trabalhar horas além do tempo com o intuito de gerar alguma segurança e muitas outras questões.
O esgotamento se dá de muitas formas e é por isso que precisamos estar sempre atentos aos nossos sinais e prezar pelo nosso bem-estar. Ter um esgotamento é muito amplo e pode acontecer com vários sintomas.
A verdade é que o esgotamento além de produtivo, também é criativo e faz com que todos os nossos processos fiquem mais travados e demorem a fluir. Ao contrário do que muita gente pensa, estar travado não significa que você não ame o que você faz, é normal que os dias de desânimo cheguem, o problema é quando esses duram muito mais do que o normal.
Artistas e produtores que dependem de criatividade e processos de desenvolvimento costumam sofrer em dobro com esses problemas, afinal, dependem das suas criações para viver e nem sempre se reinventar é fácil. Assim como em qualquer outro trabalho, os processos criativos são massantes e precisam de estímulos para se desenvolverem.
Embora o burnout seja caracterizado pelo excesso de trabalho e de funções que se acumulam, é natural que isso afete outras áreas da vida de quem sofre com a síndrome, isso porque somos seres completos e que conversam entre si. Grande parte das pessoas que sofrem do burnout também sofrem com o que é chamado de “Boreout” , uma síndrome que nos leva ao tédio e desânimo até mesmo das coisas que mais gostávamos.
Durante a pandemia, muitas pessoas têm se questionado sobre o por quê se relacionar está sendo tão difícil, as habilidades sociais estão se perdendo e até mesmo quem sempre gostou de estar rodeado de pessoas, tende a se isolar (inclusive virtualmente). Manter conversas, relações e diálogos tornou-se um desafio, isso porque estamos esgotados!
A realidade é que não existe uma fórmula secreta para não ter um burnout, cada situação é muito característica e única. O que existe são formas de se cuidar para que seu trabalho, suas obrigações e funções não virem um fardo que te adoeça.
Conversamos com algumas pessoas do nosso Instagram e perguntamos o que elas costumam fazer para lidarem com processos travados e massantes. Vem cá conferir!
“Vou ler, dou uma pausa, vou fazer outra coisa do trabalho. Tenho tentado pedir mais ajuda.”
“Faço uma pausa ou “me obrigo” a produzir num tempo menor e sem tanta expectativa.”
“Dou um tempo para minha cabeça voltar ao eixo, respiro, saio da frente do computador.”
“Choro!”
Essas são soluções que pessoas com diferentes trabalhos e funções encontraram de procurar um eixo e achar um respiro, por isso é tão importante que você encontre a sua forma de respirar.
Você já se perguntou se os seus hábitos alimentam o processo de esgotamento do seu corpo e psicológico? Esse debate aconteceu em um artigo da Dazed e nos faz repensar bastante!
Entender como passar por esse problema sem deixar de lado suas necessidades é muito importante, por isso cada vez mais criadores estão falando sobre! Vem conhecer a experiência do artista visual Matthew Barney.
Separamos algumas dicas para você fugir do esgotamento e lidar com as obrigações de uma forma diferente!
E por fim, procure uma ajuda profissional! Você não precisa passar por isso sozinho.
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