O COVID-19 ou coronavírus é um vírus que começou tímido na China, em Wuhan, e hoje já está super difundido no mundo todo mudando nossos hábitos e estilos de vida. Nos prendeu em casa, nos tirou de escritórios, salas de aula e outros ambientes públicos e compartilhados, fazendo que todos ficassem em um isolamento que ainda não sabemos quando acabará.
Você que está lendo esse texto provavelmente está em sua cama, sofá ou home office e já deve ter passado no supermercado nesta semana para fazer compras para se sustentar durante a semana. Comprou alguns vegetais menos perecíveis para fazer uns pratos mais saudáveis que acompanham seu yoga matutino, já deixou pronto um vinho na geladeira para beber mais tarde com os amigos via Skype e está no momento fazendo um dos mil cursos ou demandas que se propôs a fazer durante esse período de quarentena por conta do coronavírus. Saiba, que se esses fatos forem sua realidade atual ou pelo menos próximos dela, você é muito privilegiado.
Por mais democrático que o coronavírus possa parecer, pois atinge todos de qualquer idade ou grupo social, os seus efeitos não são. O fechamento de casa de shows e cancelamento de eventos está atingindo diretamente os artistas e quem trabalha com eles. O seu ganha pão está temporariamente fechado e sem previsão de retorno, mas as contas não param de chegar. Pensando em toda essa problemática, o Festival Sarará, evento de música belorizontino, se propôs a ajudar. Está com uma campanha de financiamento para tentar diminuir os danos financeiros que o vírus está causando, mantendo os artistas por meio de lives e shows. A campanha pretende arrecadar um valor simbólico para dividir entre artistas convidados de forma a manter a sustentabilidade dos mesmos mesmo que por um curto período. Eles não têm o mesmo privilégio de estar em home offices ou de férias remuneradas como parte do país.
Outra realidade muito diferente é a das pessoas em situação de rua e zonas periféricas. São pessoas que não tem o privilégio de se esconder do vírus e tem de recorrer a diversas formas de trabalho para que consigam manter a comida em casa. As pessoas em situação de rua, como visto em um artigo recentemente publicado pela Ponte Jornalismo, esperam as chuvas para poderem lavar suas mãos e muitos ainda nem entendem porque de tantas campanhas para tal estando vulneráveis ao coronavírus que ainda não tem nome para eles. Na periferia, a falta de saneamento, a distância dos grandes centros e o difícil acesso a saúde, trabalho e informação determina uma realidade de desespero e vulnerabilidade. Nesse sentido, a Rachel Horta, idealizadora do Movimento Maisha, está em nossa plataforma com uma vaquinha/campanha arrecadando recursos para espalhar cestas básicas para essa população que está muito preocupada com o que vão comer, não no mês que vem, mas no amanhã. Como diria Betinho, quem tem fome, tem pressa, e seu apoio deve vir agora para que Rachel e uma rede de amigos consiga botar comida na mesa de quem precisa durante o período de quarentena.
Além da corrida da Rachel contra os efeitos colaterais do Coronavírus (COVID-19), o Kdu dos Anjos, idealizador do projeto Lá da Favelinha e o grupo Libertees Brasil estão com campanhas também nesse propósito. O primeiro, já conhecido em BH está com uma campanha voltada para manutenção a assistência da comunidade do Aglomerado da Serra que é abraçada pelo projeto liderado pelo Kdu, já o grupo Libertees está com uma campanha chamada “Máscaras do Bem” na iniciativa de confeccionar máscaras de tecido para a população em vulnerabilidade no propósito de protegê-las contra o COVID-19 ou Coronavírus.
São várias outras realidades que não estão sendo contempladas no texto, como a de indígenas, pessoas transsexuais (como a campanha da Transvest que temos em nossa plataforma também), imunossuprimidos e pessoas em zonas de guerra por exemplo. E para que essas realidades saiam da escuridão e consigam um lugar no meio dos nossos privilégios, precisam que não só você como nós todos estejamos em coletivo a procura dessas iniciativas e lutas. Esse texto não é apenas um relato, mas um chamado para que se você souber de projetos ou pessoas que estão precisando de uma ajuda durante esse período, nos comunique. Podemos ajudar essas iniciativas por meio de nossa plataforma e nossa equipe que pode ajudar várias dessas iniciativas a conseguirem recursos para diminuir as consequências cotidianas do COVID-19 ou coronavírus.
Estamos com uma página especial na plataforma só com projetos voltados para essa pauta, que você pode acessar aqui e já fazer seu apoio agora.
Vamos juntos?