A chamada “Era da Informação” chegou para todos – para as pessoas mais simples, até às grandes empresas. Todos estamos mergulhados nesse contexto: uma enxurrada de informações diária, muitas vezes acompanhadas de uma série de decisões – quais conteúdos acompanhar, como se entreter e, principalmente, o que consumir. Aqui, uma coisa é certa: só o mais relevante sobressai.
É junto à relevância que a cultura beneficia as empresas. Vemos isso em algumas lições do marketing. Uma delas é que empresas “sovinas”, preocupadas só com o lucro, tendem a ser esquecidas. Quando a empresa trabalha pela cultura, ela colhe frutos: é lembrada, reconhecida e, muitas vezes, preferida pelo público.
Por isso, vamos estudar como a cultura pode favorecer as empresas. Escolhemos dois eixos principais para analisar: o marketing cultural e o storytelling da empresa. O marketing cultural vai muito além do merchandising ou do mecenato – e pode trazer muito mais benefícios que se pensa; assim como o storytelling tem se mostrado um sine qua non, indispensável, na era digital.
Leia o post e entenda como a cultura fará muito mais pela sua empresa – e como sua empresa pode fazer muito pela cultura, recebendo vários benefícios por meio do incentivo no que você ama e acredita!
Antes de explorarmos as ações e benefícios da cultura para as empresas, vamos entender melhor um dos principais eixos para essa interação: o marketing cultural. É comum lembrar do merchandising ao pensar em marketing para a cultura.
Afinal, é a forma mais estabelecida de marketing no entretenimento: ela existe desde o cinema mudo, para se ter ideia.
Todavia, é importante saber que o marketing pode ir muito além de simplesmente mostrar uma marca para o público. Ele pode ser também uma forma de conhecer melhor seu público, de investigar seus gostos e hábitos, de vincular a marca a tal perfil, de gerar mídia espontânea e muito mais.
Quando o marketing pensa na cultura como uma “mídia” para a marca, ele absorve as suas características. E dessas, uma das principais é o dinamismo: a cultura corre solta, expande-se e é orgânica.
O marketing pensa em ações e estratégias que acompanhem isso – permitindo a marca acompanhar esse ciclo da cultura e, logo, também o seu público.
A natureza do projeto cultural é algo importante, mas que muitas vezes é menosprezado. Ela deve ser afim à natureza da empresa, da sua cultura organizacional e da interação da sua história e posicionamento no mundo. Quando ambas as naturezas são harmônicas, elas se apoiam e impulsionam mutuamente.
Assim, pense numa empreiteira que age em um bairro histórico: investir no patrimônio é uma mostra de interesse e preocupação com seu público – seja este de compradores de um prédio ou passantes de uma obra pública, por exemplo. Ou ainda uma prestadora de serviços que apoia eventos ou pessoas importantes para seus clientes, fortalecendo seus laços com estes.
Isso pode ser feito de várias formas: não só o patrocínio financeiro é “moeda de troca” na relação empresas e cultura. Muitas vezes um apoio técnico, logístico ou infraestrutural vale tanto ou mais que o financeiro.
Por exemplo, vários projetos receberiam de bom grado serviços como hotelaria ou alimentação no lugar de dinheiro. Ou mesmo o endosso à causa ou projeto pode ser suficiente e gerar visibilidade tanto para a marca, como para o próprio projeto.
Além disso, existem as conhecidas leis de incentivo à cultura. Elas são formas legais de financiar a cultura, onde a própria empresa pode ganhar com abatimento fiscal. Entre essas leis temos a conhecida Lei Rouanet, que na verdade se chama Lei Federal de Incentivo à Cultura e será atualizada. Há também leis estaduais e municipais de incentivo à cultura.
Até impostos como ISSQN, ICMS, Imposto de Renda ou mesmo IPTU podem ser revertidos para a cultura e abatidos. Por isso também artistas ou empresas menores podem se beneficiar dessas leis. Justamente ao contrário, é cada vez mais comum grandes empresas investirem em novos talentos, assim como pequenas e médias empresas apoarem projetos.
Artistas emergentes e pequenas/ médias empresas têm muito a se favorecer, dado que em geral têm o mesmo público e limite de recursos; além das empresas poderem contrubuir muito mais do que se imagina – tanto em dinheiro, como nas outras formas de apoio, como já comentamos.
Como dissemos, elegemos dois eixos principais para falar das infinitas interações das empresas com a cultura. O primeiro deles foi o marketing cultural – agora, vamos falar de storytelling. Por mais que o storytelling (ou “contação de histórias”)seja ancestral em qualquer cultura, ele está mudando muito a forma de pensar as empresas na contemporaneidade.
Nós comentamos na introdução do texto que vivemos na Era da Informação. Além de todo o volume de informações e decisões a que estamos submetidos, novas formas de interação nos conectam ao mundo. Por exemplo, a presença das empresas nas redes sociais é quase um imperativo.
O marketing cultural ajuda as empresas a terem visibilidade e presença na vida (física e virtual) dos seus clientes. Mais ainda, a cultura promove o storytelling das empresas. Isso porque, primeiro, o storytelling narra a história da empresa; depois, ele fala sobre sua posição e função no mundo: no que acredita, para que trabalha, a quem interessa. Isso torna a empresa mais próxima das pessoas.
Não à toa vemos tantas mudanças no posicionamento das empresas frente a questões contemporâneas, como a Skol renovando sua publicidade, por exemplo. Em uma das campanhas, ilustradoras foram chamadas para reformular peças publicitárias antigas; afinal de contas, a empresa quer acompanhar a transformação cultural pela qual passam seus clientes – e a sociedade em geral.
Outros casos interessantes de uso de storytelling por empresas mostram alguns de seus limites. Um desses limites é o exagero com o ficcional: algo que os sucos Do Bem e os sorvetes Diletto fizeram. Para gerar empatia e serem memorizadas pelo público, essas marcas criaram ficções sobre a origem e forma de produção dos produtos.
Porém, o tiro saiu pela culatra: as histórias foram questionadas, o que levou mais à perda do que ganho de reconhecimento.
A participação e investimento em projetos culturais propicia a existência da marca na vida das pessoas – clientes e artistas. Assim, a história da empresa é a história da cultura – não precisa de ficção. A presença da marca na vida das pessoas é um dos melhores frutos em investir na cultura.
Como você viu, a cultura é viva, e essa vivacidade é transmitida às empresas que escolhem mergulhar nessa vereda. Além de aumentar o público alcançado pelo marketing, ela gera mídias espontâneas e imprime a marca na vida das pessoas. Gostou de saber disso e quer mais dicas?
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