Um imenso prédio branco, reluzente em meio a uma mata na periferia da cidade, chama a atenção dos passantes. Apesar de ser imponente, não há qualquer sinalização do que se faz dentro dele. Quase ninguém suspeita que ali são pensadas inovações que alterarão a face do planeta.
Outra construção imponente vem à nossa mente agora: uma imensa fábrica, ou um vertiginoso prédio corporativo envolto em vidro negro reluzente. Impossível não se sentir tocado pela modernidade nesse lugar. Pessoas com roupa formal saem e entram, telões suspensos varrem os dados globais e vários idiomas se confundem entre os falantes.
Inovação para muita gente é isto: ficção científica, digna a teorias da conspiração e cenas de Matrix. Muitos ficariam chocados em descobrir que, na verdade, algumas das maiores inovações da atualidade foram pensadas em garagens, redes sociais e até na cama!
Quer entender por quê a cada dia a inovação é mais corriqueira? Melhor ainda, quer saber como as pessoas chegam a essas inovações sem precisar de contratar o Steven Spielberg?
Leia o post e saiba como a inovação é fácil e muito – muito! – recompensadora!
Até alguns anos atrás – melhor dizendo, há algumas décadas -, realmente faria sentido imaginar essas cenas de ficção científica: a inovação vinha de empresas majoritariamente. Nelas, os chamados setores de Pesquisa e Desenvolvimento estudavam formas de inovar produtos e processos – tudo sob segredo, considerado dado confidencial e sendo objeto da chamada espionagem empresarial.
Quando se pensa nesse contexto, até faz sentido toda essa preocupação: ainda não havia a internet para acelerar a troca de informações. Com a globalização menos estabelecida, a economia dos países era reflexo das empresas nacionais; por isso, quão mais avançadas as empresas, mais forte os países.
Sabemos que hoje isso tudo mudou. Por exemplo, a informação é levada a qualquer pessoa que tenha acesso à internet, sem qualquer tipo restrição social. A economia, a seu turno, é cada vez mais difusa – com empresas multinacionais atuando em vários países, em parceria com governos e universidades.
Nesse contexto surge a open innovation, termo em inglês que define a inovação aberta, fora das empresas. É o extremo oposto do que acontecia antes: de segredo empresarial, as inovações passam ao modelo wiki – são produzidas e distribuídas abertamente.
Nesse modelo, uma forte interação entre usuários, produtores e pesquisadores acelera e aperfeiçoa a solução de problemas. Afinal, todos trabalham juntos para desenvolver alternativas, tecnologias e metodologias – em suma, há colaboração.
É aqui que a inovação se mostra presente no dia a dia – e colada à colaboração. Quanto mais abertos e difusos os processos de pesquisa e criação, assim como mais amplo o financiamento coletivo, maior é a tendência a se potencializar a inovação. Não à toa a cultura e a pesquisa científica têm tanto a ver com o crowdfunding.
Quando dizemos inovação aqui, falamos tanto da elaboração de produtos e eventos inéditos, como também da própria concretização ou proposição de algo. Isso porque, como dissemos, a troca de informações, a experimentação aberta e a colaboração são motores para a inovação.
Basicamente, botar as ideias no papel – e depois tirar os projetos dele, para executar, são formas de ser inovador. Fácil, não é? Não sabe ainda como? Então confira estas dicas de como farejar a inovação nos seus projetos!
Pode parecer contraditório: se você quer inovar, como vai voltar para o que já foi feito? Essa forma de pensar tem muito a ver com que acha que criatividade e genialidade são a mesma coisa – que, para inovar, é preciso de “dom” de nascença.
Ao contrário disso, muitas das maiores inovações só surgiram a partir do acesso a boas referências – como é o caso do sistema operacional Unix, pioneiro para outros sistemas como o Mac OS.
Esta é a primeira etapa de um método de solução de problemas chamado Sprint – “corrida de arrancada” em inglês. O que é necessário é mapear seu desafio: o que você quer alcançar ao final de, por exemplo, uma semana de trabalho.
Pense em parcerias que podem colaborar para chegar a essa solução – com experiência, disposição ou outros recursos. Com eles iremos à próxima etapa: levantamento de soluções.
Imaginando a solução do desafio como uma semana, este é o segundo dia. No começo, é importante revisar as ideias já existentes, fazer um remix delas – trocando suas qualidades, por exemplo – e as aperfeiçoar. É interessante criar esboços e pensar nas maneiras de testar essas ideias ao final da “semana”.
É chegada a hora da tomada de decisão. Reveja todas as ideias já levantadas, analise suas qualidades e defeitos, e, por fim, escolha uma. Não tenha receio: a inovação começa com a escolha – e escolher implica descartar alternativas. Escolhida a ideia, crie um storyboard (uma historinha passo-a-passo) de sua execução.
Pode soar estranho, mas “hoje” você fingirá que consegue chegar a um produto pronto. Você criará um protótipo, uma “versão de teste” da sua ideia onde o importante é a fachada. É com ela que o cliente interagirá – e você registrará tudo a partir de um roteiro feito hoje.
Vá para o campo, bote a mão na massa e mergulhe no erro. No segundo dia você pensou em testes para a ideia, e ontem em roteiros de interação com o cliente. A partir disso, você saberá o que deve fazer para concretizar sua ideia – mesmo que dê tudo errado!
A inovação está no dia a dia, naquela ideia recorrente que sempre bate à porta nos momentos de reflexão. Anotar no papel já é o primeiro passo – e você pode compartilhar com a gente!
Fale para nós as ideias que circulam pela sua cabeça pedindo para serem inauguradas, que te damos maior apoio para concretiza-las! Aproveite para cadastrar para receber novidades: vamos te passar várias outras dicas para começar a inovar antes mesmo de você perceber!