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Visibilidade Trans + Projetos que nos dão orgulho.

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

janeiro 28, 2021 1:23 pm


Janeiro é o mês da visibilidade trans, sendo esse um período que soma o significado do dia 29 de janeiro. Essa data surgiu pois no ano 2004, no dia 29/01, mulheres e homens trans e travestis foram a Brasília lançar a campanha “Travesti e Respeito” para promover a cidadania e o respeito entre as pessoas.

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Por isso, ser trans e travesti, ainda mais no Brasil, é ser resistência.

Portanto, é possível enxergar que essa data existe para construir espaços de visibilidade trans e para as pautas ligadas a transexualidade. Mas é muito importante pensar que a construção dessa visibilidade precisa estar ligada a possibilidades.

De acordo com o IBGE a estimativa de vida da comunidade trans no Brasil é de 35 anos, enquanto dos demais ultrapassa os 75.

Visto isso, é preciso entender qual a qualidade de vida dessas pessoas, quando elas conseguem sobreviver. O índice de empregos e escolaridade de pessoas transexuais é muito abaixo da média e nós precisamos falar sobre isso.

Projetos que fazem a diferença!

Embora a celebração ao mês da visibilidade trans ocorra em janeiro, é mais que necessário debater e realizar ações em prol da causa trans e travesti todos os dias.

Isso é o que projetos como os que vamos mostrar fazem! Tivemos entrevistas com dos projetos incríveis e que fazem parte da rede da Evoé, TransVest e Casa Aurora. Vem conhecer mais!

E ah, ainda vamos indicar outros projetos incríveis que nos enchem de orgulho. Bora?

Transvest

A Transvest é um projeto que objetiva combater a transfobia e incluir travestis, transexuais e transgêneros na sociedade.

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

Em uma conversa com a coordenação da Ong, representada por Patrícia Oliveira @patriciasoliveira85 e Luísa Reiff @luisareiff, nós conhecemos um pouco mais sobre o funcionamento da Transvest e a importância do trabalho realizado pelo projeto.

A Tranvest, ONG idealizada pela professora de Literatura e atual vereadora, Duda Salabert, surgiu há 5 anos atrás com o intuito de promover um cursinho popular para travestis e transexuais em Belo Horizonte – MG.

Com o passar do tempo a coordenação do projeto percebeu que precisavam ir além da inclusão pedagógica, oferecendo também, inclusão cultural.

  • Evoé: A inclusão é um ponto muito importante para ser trabalhado, porque muitas vezes os espaços de convivência não são inclusivos para pessoas fora da normatividade cis. Com o objetivo de mudar isso, quais as atividades realizadas pela Transvest?
  • Transvest: A inclusão pedagógica e cultural são os nossos primeiros passos, mas também trabalhamos com a profissionalização das pessoas que fazem parte do projeto. Hoje nós oferecemos atendimento psicológico, oficinas profissionalizantes e de entretenimento e no período de pandemia, a renda mínima.
  • Evoé: Sobre a renda mínima trans, como isso funciona, quantas pessoas são atendidas e de onde surgiu essa demanda?
  • Transvest: Antes de mais nada, mais de 90% da população trans e travesti do Brasil possuem sua única fonte de renda da prostituição. Com a pandemia, essas pessoas perderam essa renda, por isso criamos a Renda Mínima Trans, que atende por volta de 150 pessoas. Basicamente, mulheres trans até 35 anos de idade recebem R$100,00 reais e após 35 anos (que é a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil) recebe R$200,00.
Como fazer parte do projeto?
  • Evoé: Para as pessoas que querem e precisam da assistência do projeto, como ocorrem as inscrições? E os processos de divulgação?
  • Transvest: Em resumo, existe um momento em que as inscrições são abertas, geralmente no início do ano, nesse mesmo momento, nós vamos até os puteiros de Belo Horizonte e Região Metropolitana e panfletamos informando sobre o curso. Além disso, nós abrimos na nossa página um formulário de inscrição para quem tiver interesse. Os professores e os demais auxiliares das oficinas são voluntariados.
  • Evoé: Para vocês que lidam com a realidade de pessoas trans e travestis, não somente em Janeiro, mas todos os dias. Qual a pauta mais urgente da população trans brasileira?
  • Transvest: Acreditamos que a pauta mais importante, no geral, é a educação. Até mesmo por isso, esse é o viés da Ong, a gente não muda nada se não for pela educação, seja essa a educação padrão ou a educação social que adquirimos ao longo do tempo. A Tranvest trabalha para que as travestis possam estar em todos os lugares, somente com a educação isso será possível. E claro, oportunidades.
  • Evoé: A idealizadora da ONG, a Duda Salabert, foi eleita vereadora de Belo Horizonte, para a Transvest e também para a visibilidade trans, qual o impacto disso?
  • Transvest: Para a Transvest isso não tem um impacto tão grande quanto parece, afinal, a Duda separa as duas coisas. Mas em questão de visibilidade, o impacto é enorme, além disso, durante o mandato, existem planos de trabalhar com pessoas travestis para abrir oportunidades em mercados que são ainda mais fechados para a comunidade. Posto que o ponto mais importante disso é emplacar políticas públicas.
Novos planos Transvest
  • Evoé: E esse ano de 2021 traz novos planos para a Transvest?
  • Transvest: Nesse ano, o nosso maior objetivo é conseguir engajar mais as contribuições feitas para que a gente consiga alugar um espaço para ser uma sede onde pudéssemos realizar aulas, atendimentos médicos e psicológicos, oficinas e tudo que pudesse agregar. Primeiramente, a nossa ideia principal e vontade, é criar um Bar Transvest para ser gerido pelas próprias meninas que fazem parte da ONG.

Posto isso, existem outras demandas que ainda precisamos abraçar como assistências médicas e odontológicas, acessar locais como penitenciárias para realizar escutas terapêuticas em presídios e muito mais.

Para colaborar com a Transvest é bem simples, basta clicar no – LINK – e fazer seu apoio! Seguimos juntes!

Casa Aurora

A Casa Aurora, localizada em Salvador – BA, é uma casa de acolhimento para jovens LGBTQIA+ entre 18 a 29 anos de idade que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade.

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

Conversamos com um dos coordenadores da casa, João Hugo @oxejoaohugo que é um homem trans, negro e ativista. João é graduando em Comunicação pela Universidade Federa da Bahia e Membro do Comitê Técnico de Saúde da População LGBT.

A Casa Aurora além de acolher, também prepara de diversas formas esse jovens para garantirem uma oportunidade e melhorar a qualidade de suas vidas.

Acolhimento e visibilidade trans

Vem conferir um pouco do nosso bate papo e conhecer a Casa!

  • Evoé: Como surgiu a ideia de fundar a Casa Aurora?
  • Casa Aurora: A Aurora surgiu da necessidade abrigar. Antes de abrir ao público em situação de vulnerabilidade, Sellena e eu abríamos nosso apartamento para amigos que visitavam Salvador, amigos de amigos e existia uma ajuda de custo na maioria das vezes. Nesse processo todo, nós percebemos uma alta demanda de pessoas que precisavam dessa acolhimento e fomos desenvolvendo o projeto.
  • Evoé: E como funcionam os suportes que a Aurora recebe?
  • Casa Aurora: Hoje além da Evoé e algumas doações pontuais, nós temos suporte político de um deputado que arca com o nosso aluguel. Apesar de a Aurora ser um espaço apartidário, nós temos esse deputado como um co-fundador que abraçou o projeto desde o primeiro momento.
  • Evoé: Quais são as atividades que a Aurora propõe para quem é acolhido?
  • Casa Aurora: Dentro da casa existe um acompanhamento psicológico gratuito, antes ocorria por valor social, mas devido a pandemia resolvemos cortar o valor. Isso acontece de forma mais eficaz e online, para que pessoas do interior do estado também possam ter acesso e desenvolvemos atividades socioculturais, oficinas de currículo, oficinas artesanais.
O funcionamento da Casa Aurora e a visibilidade trans
  • Evoé: Quando alguém procura vocês precisando do acolhimento da casa, vocês tem algum pré-requisito pro acolhimento? Vocês analisam cada caso?
  • Casa Aurora: Sim, nós temos uma triagem de abrigamento, pois ocorre de algumas pessoas pedirem abrigamento mas pelos motivos errados. Aqui a pessoa passa pelo acompanhamento psicológico, existe um acompanhamento e uma sondagem da situação, já que o abrigo é temporário. Outro ponto é que existem regras que precisam ser cumpridas.
  • Evoé: As pessoas que chegam até vocês em uma situação real de vulnerabilidade costumam carregar traumas e receios. Como ocorre o processo de adaptação dessas pessoas na casa?
  • Casa Aurora: Isso é muito gradual, as pessoas já chegam e sabem que aquele é um lugar seguro. Nós costumamos pedir para que não comentem muito sobre o que aconteceu para que elas estejam na Aurora para evitar gatilhos, já que existe um acompanhamento justamente para isso. Mas é claro que essas pessoas conversam, mas isso ocorre quando entendem que estar na Aurora é mais seguro que estar lá fora.

Estar na Aurora é um processo de cura e de cuidado com a estima. Aos poucos as coisas vão cicatrizando.

João Hugo, Casa Aurora, 2021
A visibilidade trans e a rotina
  • Evoé: Hoje, os espaços de convivência ainda excluem severamente as pessoas trans e travestis. Para vocês que trabalham com oficinas inclusivas, qual é o passo mais importante que a sociedade precisa dar para mudar essa realidade?
  • Casa Aurora: São dois caminhos muito importantes: Educação e Emprego. As pessoas começam a terem mais autonomia quando elas alcançam um nível maior de escolaridade e quando conseguem um emprego onde podem se sentir seguros e confortáveis. No momento em que pessoas trans alcançam esses lugares, conseguimos começar a mudar as coisas.
  • Evoé: Vocês realizam trabalhos fora do ambiente da Aurora? Em formatos de palestras, eventos informativos, etc?
  • Casa Aurora: Sim, nós vamos até algumas empresas ou algumas empresas vem até nós para procurar informações sobre gênero e sexualidade. Em contrapartida, essas empresas e estabelecimentos fazem doações de algo que estejamos precisando. Também sugerimos a contratação de pessoas LGBTQIA+, principalmente pessoas trans.
A saúde da população trans
  • Evoé: João, você como parte do comitê técnico de saúde da população LGBTQIA+ da Bahia, o que é preciso para que profissionais da saúde comecem a falar mais sobre saúde e gênero de forma inclusiva?
  • Casa Aurora: O maior problema de saúde que a população trans e travesti enfrenta é sempre ser colocado dentro da “pasta” do HIV e IST. É preciso mudar a lógica desses profissionais de saúde, coisa que já fazemos, mas ainda não é o suficiente. Mas é preciso começar a falar da existência de corpos trans desde a formação de um profissional da saúde. Existem corpos para além da cisgeneridade.
  • Evoé: Qual a pauta mais urgente da população trans brasileira?
  • Casa Aurora: Sem dúvida, empregabilidade. A gente precisa comer, a gente precisa vestir, a gente precisa morar, hormonizar, se manter e estar vivo. Então quando surge uma oportunidade de um emprego formal que nos garante segurança, a gente vai agarrar.

Para apoiar a Casa Aurora é bem fácil, basta clicar no – LINK – e fazer sua contribuição.

O projeto e a visibilidade trans.

CasaNem

Coletivo radical, anticapitalista, vegano, queer e feminista para acolhimento LGBTQIA+, com sede no bairro do Flamengo, cidade do Rio de Janeiro.

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

Em resumo, a CasaNem é onde transexuais, travestis e trangêneros encontram acolhimento e apoio. Administrada somente por pessoas trans, a casa ajuda no resgate da autoestima de quem é alvo constante de preconceito e rejeição e trabalha em prol da visibilidade trans.

Só para ilustrar, a casa atua na luta para garantir direitos mínimos, sendo assim, um local onde muita gente encontra motivos para seguir em frente com liberdade de ser quem é!

O projeto realiza diversas atividades e oficinas voltadas para o empoderamento LGBTQIA+, autonomia, cultura e visibilidade trans.

Para contribuir com a CasaNem você pode clicar no – LINK – e fazer o seu apoio.

SOMOS

Em primeiro lugar, a Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade é uma organização não-governamental com sede em Porto Alegre (RS), idealizada e fundada em 2001 por militantes das áreas de luta contra o HIV/AIDS e do Movimento LGBTQIA+. 

Visibilidade Trans e Travesti + projetos que nos dão orgulho!

Atualmente a iniciativa promove o projeto #BoraSaber que é realizado por jovens LGBTQIA+, com o efeito de ampliar o acesso à saúde com informações sobre prevenção de ISTs, sexualidade, direitos e testagem de HIV entre pares.

O projeto realiza ações transdisciplinares com base nos Direitos Humanos e ênfase em direitos sexuais e direitos reprodutivos, a partir da articulação das áreas de educação, saúde, comunicação, segurança pública e arte.

A iniciativa trabalha por uma sociedade plural  por meio da afirmação de direitos.

Para apoiar o SOMOS é bem simples, você pode acessar o – LINK – e fazer sua contribuição.

Janeiro é o mês da visibilidade trans, mas..

Em suma, mesmo que Janeiro seja o mês da visibilidade trans e travesti, e dia 29 o dia correto, essas pautas precisam ser discutidas todos os dias.

A vida acontece todos os dias, e por falta de informação e respeito, levar a vida se torna mais difícil para essas pessoas.

Nesse sentido, é importante que você consuma, contrate, aprecie e dê oportunidades para que pessoas trans e travestis vivam uma vida sendo quem são.

Desenvolva seu projeto na Evoé

Sem dúvida, aqui na Evoé as suas ideias ganham vida sem complicações. Bora juntos?

Sob o mesmo ponto de vista, comece agora mesmo seu Financiamento Coletivo e entre para a comunidade criativa Evoé. Vamos marcar um café?

Por certo, fique de olho no nosso blog para não perder nenhum dos nossos conteúdos! Fechado?

Por fim, para conferir de perto os conteúdos incríveis aqui da Evoé, fica de olho no nosso Instagram! @evoe.cc Fechou?

Ou seja, confira também nossas outras redes! Twitter, Facebook, Youtube e muito mais. Bora?

Esperamos que vocês tenham gostado! Até o próximo post!


Mariana Almeida Publicado por Mariana Almeida
Graduanda em Letras pela UFMG, sempre gostou de linguagens e edição textual. Mariana além de apaixonada por literatura e arte, também ama estudar outras culturas e línguas.  Na @evoe.cc Mariana é responsável pela Comunicação e Marketing @thisblueneighbour

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