Você anda sem esperanças com o cenário político atual? Tem a sensação de que políticos são todos iguais, que nada muda e que estamos cada vez mais impotentes? Você certamente não é a única pessoa a sentir isso. E, por isso mesmo, a solução é plural: a democracia é a chave para a transformação.
Pode parecer que estamos apostando em algo que já deu errado – afinal de contas, nós já vivemos em uma democracia. Porém, para viver a democracia plena não basta viver em um sistema político-democrático, ou votar em políticos; para isso, a política deve estar presente no dia a dia e ser função de todos. Mas, como?
Assim como a educação, a cultura é essencial para a democracia plena no país. Neste post você verá como projetos culturais têm poder para ajudar a consolidar a democracia. Inspire-se e se empodere: confira o post!
Para entender melhor a relação entre democracia e cultura, vamos recuar um pouco e entender melhor o que cada um desses conceitos significa. Para entender o que é cultura, não precisamos ir longe: estamos cercados por cultura. Desde o nosso idioma, passando pela nossa alimentação, até chegar nas obras de arte – tudo isso é a expressão da nossa cultura.
Nossa cultura revela tanto o que nos forma como indivíduos, grupos e nações. A música que ouvimos, por exemplo, pode dizer das nossas contradições e desigualdades (muitas vezes presente nos raps e em outros produtos da favela); assim como nossa culinária pode revelar o passado colonial do país.
Da mesma maneira que a cultura entrelaça diversos aspectos da nossa vida, a democracia demanda que a política atravesse. Afinal, é o que diz o próprio significado da palavra – poder ou governo do povo. Porém, na democracia que vivemos, as pessoas não governam diretamente; ao contrário, temos instituições e espaços de discussão nos quais líderes nos representam.
Evidentemente, se esses líderes não sabem o que nós queremos, eles não podem nos representar bem. Mais certo ainda é que se nós não sabemos o que queremos, sequer conseguimos eleger líderes, ou avaliar se suas ações realmente nos representam ou não.
Aqui entra a importância da cultura para a democracia: se nós vivemos uma cultura que ignora ou diminui a política, nós jamais passaremos a discutir, escolher e avaliar bem nossos representantes. A cultura pode auxiliar nesse processo – e nós vamos apresentar a seguir de quais formas.
O Brasil já é rico em expressões culturais que discutem a política, apontam desigualdades e as questionam. Particularmente, a cultura do hip hop assume uma forte liderança no que tange essas discussões, em todas as suas formas – no grafite, no rap e até mesmo no break dance. Além dele, uma outra expressão cultural que discute a política é o funk.
Na Evoé, um projeto no qual vemos isso sendo feito incrivelmente é o Lá da Favelinha. E não à toa: seu germe foi uma oficina de rap, que com o tempo se desdobrou em várias outras atividades. Nesse projeto, a cultura e a democracia estão totalmente entrelaçadas.
Apesar de muita gente fazer essa confusão, a democracia não é a ditadura da maioria. Apesar de as maiorias terem um grande peso para várias decisões – como a eleição dos representantes –, não é só a partir dela que se faz as políticas.
Isso acontece porque todas as maiorias são fragmentadas: mesmo se uma maioria elegeu um candidato, é quase certo que haverá eleitores de idades diferentes, sexos diferentes, religiões e orientações sexuais diferentes.
Respeitar a diversidade é essencial para a democracia, pois a imposição de comportamentos e valores é um degrau para a ditadura. E projetos culturais que abordam as diversidades são ricos e benéficos para a democracia por investir nesse respeito. Na Evoé, o Fecha a Santa na Parada fez isso lindamente, levando ainda mais cultura para a Parada do Orgulho LGBT.
Muitas vezes só enriquecer o debate, trazendo diversidade, não é suficiente; é realmente necessário olhar para os erros e apontá-los, para que eles não se repitam. Em geral, esse é o mote dos projetos culturais que trabalham com a ditadura: lembrar para que nunca mais aconteça.
O Geração Borgeana faz isso, investindo na memória de pessoas que resistiram à ditadura com o que ela menos controlava: com cultura. Assim, espelhando a época em que a multidão pedia a volta das eleições diretas, esse projeto acredita na comunidade – afinal de contas, no financiamento coletivo as escolhas são direcionadas pelas pessoas, o mais longe possível do autoritarismo. Da mesma forma o projeto EuCaio, uma peça de teatro que narra vida e obra de Caio Fernando de Abreu, discutiu a liberdade e se empoderou do coletivo.
Quando você estiver menos confiante na política, faça como nós: volte-se para a cultura! Isso não quer dizer que você deve ignorar a política – ao contrário: tente encontrar, na cultura, as soluções que parecem impossíveis na política.
Comece um projeto de financiamento coletivo e faça a transformação acontecer! Tire suas ideias do papel trazendo para a Evoé seus esboços. Juntos, temos força para realizar qualquer sonho e fazer acontecer todas as utopias!
Já conhece a Evoé? Entre aqui e saiba mais sobre financiamento coletivo.