Tem uma ideia muito legal de um projeto mas tá bem perdido de qual formato escolher pra financiar ela? Entende de plataforma de crowdfunding mas ainda acha a captação meio confusa? Relaxa. É normal. Tudo parece bem complicado mesmo no início. Então fizemos esse post pra descomplicar.
Primeiro é preciso saber que existem várias formas de fazer acontecer sua vaquinha online pra dar vida ao seu projeto, seja ele de vertente pessoal, social, cultural ou do segmento que for. Algumas plataformas trabalham apenas com um formato de financiamento: o modelo flexível. Já vamos explicar do que ele se trata mas já adianto que é uma forma efetiva e popular de captação. Contudo talvez não seja a melhor maneira de custear sua ideia. Por isso algumas plataformas de financiamento online, como a Evoé, trabalham com até três modelos de financiamento coletivo, que chamamos por aqui de: flexível, recorrente e tudo ou nada. É importante dizer que, além dos sites de crowdfunding, existem também outras formas de captar recursos online. Hoje, porém nosso foco é falar sobre como escolher o formato perfeito em sites de financiamento para seu projeto.
É fundamental entender como cada um desses formatos funcionam antes de começar uma campanha online. Avaliando os pontos negativos e positivos de cada modelo você consegue tomar uma decisão assertiva na hora de escolher a melhor forma de alavancar seu projeto.
Então vamos começar.
Como já dissemos, esse é o formato de financiamento mais comum. Primeiramente você precisa escolher a meta que quer atingir para realizar seu projeto, ou seja, o valor da sua campanha. Todos os sites de financiamento coletivo possuem uma taxa que é cobrada sobre o valor arrecadado. Então na hora de definir o valor que quer captar, é preciso somar a isso a taxa do site que você vai utilizar.
Suponha que você escolheu arrecadar R$5.000,00 em 1 mês. Ao fim desse mês, independente de ter alcançado sua meta ou não, você fica com o valor que foi captado, mesmo se ele tiver atingido apenas 1% do valor solicitado. Ah, e como já dissemos, desse valor é retirada a taxa da plataforma. Para seguirmos uma linha mais otimista vamos pensar que sua campanha foi um grande sucesso. Muitas pessoas do seu meio e pessoas que você desconhece resolveram apoiar e no fim desse mês você conseguiu captar R$15.000,00, que era 100% da sua meta. Então você recebe esses 15.000 menos a porcentagem da taxa do site.
Outro elemento que pode existir no formato flexível, assim como nos demais formatos, são as recompensas. Elas são feitas e distribuídas pelos criadores dos projetos e são uma forma de gratificar e engajar os apoiadores da campanha, agregando valor à sua audiência. Normalmente são criadas recompensas distintas para cada valor apoiado específico. O pessoal da campanha Lá da Favelinha por exemplo criou adesivos, caneca, camiseta e marcador de páginas com uma estética que é bem a cara do projeto.
O flexível é uma maneira interessante de alavancar sua ideia ou projeto principalmente porque ele prevê pouco risco. Se seu projeto não teve muito apoio ainda assim você consegue o dinheiro que foi arrecadado. A maioria dos projetos criados na Evoé optam por seguir com esse modelo. Alguns atingem a meta, uns ultrapassam, e outros ficam abaixo do esperado. O sucesso de uma campanha depende de muitas variáveis, como a divulgação da mesma, o tipo de projeto e a comunidade que o abraça, e muito mais.
Como nem tudo são flores é preciso falar da parte desfavorável desse formato: o criador faz e distribui os brindes independentemente de ter atingido a meta ou não. Digamos que você arrecadou apenas R$50,00 vindo de 5 apoiadores diferentes e todos esses apoiadores escolheram recompensas no ato do apoio. Então será preciso produzir as gratificações para apenas 5 pessoas, criando um custo e logística um pouco inviável. Mas esse é um caso bem raro de acontecer. Lembrando que nem todos os apoiadores escolhem receber recompensas e que a criação das mesmas não é obrigatória em nenhum modelo apesar de recomendada.
Este formato de financiamento talvez seja menos conhecido por você. Ele é feito para projetos grandes que precisam de uma manutenção constante, e logo, apoio constante. Nele os apoiadores debitam mensalmente (de forma automática) um valor de sua escolha para determinado projeto. A meta de cada projeto é determinada pelo criador. Este modelo é interessante por proporcionar certa estabilidade financeira para quem criou a campanha e ao mesmo tempo não pesar no bolso do apoiador.
Um exemplo bem legal deste tipo de financiamento é o projeto Lamparina Centro Cultural. A campanha foi criada pelo Mestre Negoativo com a meta de atingir R$1.500,00 por mês para que haja uma manutenção mensal do espaço. Mesmo que ainda não tenha sido alcançado o valor proposto, a quantia atual que é captada mensalmente contribui para a fomentação da cultura da comunidade do Maria Goretti (Belo Horizonte) através de oficinas educativas para crianças, jovens e terceira idade.
Assim como nos demais formatos de financiamento é possível criar recompensas como forma de incentivar o apoio das pessoas. É preciso pensar em recompensas que se mantenham atraentes a curto, médio e longo prazo já que sua audiência estaria contribuindo mensalmente e não uma única vez.
As campanhas que usam essa forma de financiamento conseguem receber apoio por tempo indeterminado. Não existe uma data fixa para o fim dela e portanto, ela acaba quando o criador decidir. Com isso os projetos ganham sustentabilidade já que todo mês alguma verba vai entrar para que as iniciativas possam ser continuadas. O bacana disso é que tira aquela pressão de conseguir captar uma quantia alta super rápido e não saber se ainda haverá dinheiro pro mês seguinte.
Já observamos que algumas campanhas que são feitas usando esse tipo de captação acabam por ficarem “relaxadas” demais. Como o tempo de duração da campanha é ilimitado, alguns criadores acabam não dando a devida atenção para o projeto. Sem uma corrida contra o tempo, aquela motivação inicial para financiar um projeto se esvai com certa facilidade. Porém, contanto que os criadores da campanha estejam a acompanhando e divulgando com certa periodicidade, é possível sim fazer o projeto recorrente crescer. O importante é não perder o pique e entender se essa captação, que é mais lenta e gradativa, é realmente ideal para sua iniciativa.
Pelo nome já dá pra ter uma noção de como funciona essa captação. É a forma mais radical de financiamento mas também umas das mais efetivas. Ou o projeto alcança 100% da meta ou não recebe a grana. Para ficar mais simples segue o exemplo: você conseguiu custear 95% da sua meta mas acabou o tempo de financiamento. Então o que vai acontecer é que você não retém nenhuma quantia do montante, nadica, e todos os usuários recebem de volta o valor apoiado. Parece dramático demais né? rs. Pois é. Para ser adepto desse formato é preciso gostar de adrenalina. Por isso é importante analisar qual a quantia que precisa ser captada e colocar uma meta realista de tempo para a duração da campanha. De cara pode parecer um projeto penoso mas é justamente essa dificuldade que se apresenta como uma das grandes vantagens desse formato como veremos a seguir.
Você pode estar se perguntando como algo tão arriscado pode parecer uma boa ideia né?! Bom, vamos lá. Como existe um enorme senso de urgência – ou você ganha tudo ou não ganha nada – os criadores dessas campanhas conseguem se manter animados durante todo o processo. Eles não se cansam de divulgar e fazer os esforços necessários para que o projeto se torne uma realidade. E essa mesma injeção de ânimo afeta diretamente os apoiadores. Eles embarcam na expectativa de ver o projeto nascer ou morrer, fazendo com que estejam mais propensos a apoiar. Inclusive existem várias plataformas de financiamento coletivo pelo mundo que captam somente através desse formato. Elas fazem isso por saber que sua taxa de sucesso é bem alta.
Além disso, caso a campanha não tenha atingido 100% da meta não é necessário entregar as recompensas – independentemente de quantas pessoas apoiaram em troca das mesmas. No fim o dinheiro volta integralmente para o usuário apoiador. Isso significa que você está livre das responsabilidades que sucedem o momento da captação, não tendo pendências nem com os apoiadores e nem com as taxas da plataforma.
O grande inconveniente aqui é justamente a parte do “nada” em questão. Você pode chegar bem perto da meta, mas se não atingir 100% dela -ou mais- você não fica com nada. É frustrante trabalhar em uma campanha intensamente para no fim não dar em nada. Mas é melhor não pensar por este ângulo. Algo sempre se ganha ao entrar em uma aventura dessas, seja o conhecimento adquirido no caminho ou o fato de que agora as pessoas sabem que essa sua ideia existe. Mas mesmo assim sua ideia continua impossibilitada pela falta de arrecadação. Contudo não desanime! É essencial entrar em um projeto com gás, acreditando que o valor proposto será atingido. E olha, já vimos campanhas terem grande sucesso em todos os três modelos de crowdfunding.
Bom, agora você já sabe sobre todos os tipos de financiamento nas plataformas de crowdfunding. Lembrando que nem todas os sites possuem esses três modelos de captação. Então o primeiro passo é analisar qual o formato mais assertivo para seu projeto. Por sorte trabalhamos com todos esses formatos na Evoé. Ainda resta dúvidas sobre qual a melhor forma de conseguir grana pra sua ideia? Divide aí com a gente nos comentários ou mande um email pra [email protected] que vamos te ajudar. Até a próxima!
Já conhece a Evoé? Entre aqui e saiba mais sobre financiamento coletivo.